sexta-feira, 31 de maio de 2013

Histórias Insanas: O menino que não sabia ler



O menino desta história não sabe ler, mas eu sei que vocês sabem (caso contrário não estariam aqui) então me acompanhem. Joaquim era um menino travesso, brincalhão um amor de criança. Mas não sabia ler e isto o incomodava muito. Na escola todos os seus amigos zombavam dele por não conseguir juntar as letras. Sofria muito bullying sendo chamado de burro, idiota, demente, analfabeto, Presidente da Republica e outras ofensas mais.
Certo dia, cansado das ofensas diárias, Joaquim encontrou uma folha. Mas não era uma folha qualquer que se desenha um Sol amarelo. Era uma folha de papel muito velha, carcomida pelo tempo, amarelada pela ação química existencial presente pela ação do tempo (Que confusão, eu só precisava ter dito que era um papel velho). Voltando ao assunto, ao encontrar tal papel, Joaquim decidiu fazer um avião. Porém, este papel por mais leve que fosse, não podia ser facilmente dobrado. Aliás, era impossível dobrá-lo.
-Que merda! – pensou Joaquim – Tenho um pedaço de papel e não posso fazer nada de legal com ele.
Por não saber ler, Joaquim também não conseguia escrever. Tudo bem que isto não tem lógica alguma, mas a história é minha, portanto prossigamos. Eis que lhe veio uma ideia em sua cabeça. (Não diga!!! Se viesse da barriga dele eu ficaria surpreso). Joaquim pegou um lápis e decidiu rabiscar o papel. Num passe de mágica ele começou a escrever. E com uma caligrafia invejável para sua idade, diga-se de passagem. E ele conseguia entender tudo o que ele escrevia.
Pois bem, estava acabado o problema de não saber ler nem escrever? Não. Mas como assim não? Eu explico, estimado leitor. Joaquim via letras e tentava reproduzi-las no papel. Mas no processo de conversão linguística, ele acabava escrevendo num novo idioma. Só ele entendia aquilo que ele escrevia. Qualquer outra folha de papel que ele escrevesse nada resultava. Mas escrevendo na tal “Folha Mágica” ele conseguia entender tudo o que o mundo tentava lhe dizer, porém ninguém era capaz de entender o que ele escrevia.
As pessoas começaram então a querer estudar tal fenômeno. Como uma coisa dessas era possível? Cientistas, psicólogos, médicos e ex-BBB’s vindos de todas as partes do mundo iam até sua casa só para passar um tempo com o garoto e tentar decifrar o enigma. Porque aquele papel era tão importante?
Após inúmeras visitas, somente um velho cientista conseguia entender o que o menino escrevia. Perguntado sobre o fenômeno, ele explicou que a língua era de uma civilização muito antiga, que demorara anos até que ele finalmente conseguiu comprovar a existência deste povo. E foi esta civilização que “inventou” aquele papel. Ele era feito do resultado da compressão da celulose de um carvalho muito antigo e já extinto e vinha da região Central da Papua Nova Guiné. Por um milagre ainda maior, o papel atravessou mares, desertos, favelas até chegar à pessoa que mais precisasse dele.
Enquanto todo mundo pensava sobre o assunto e tentava absorver a nova informação, o velho cientista pegou o papel e se mandou do local. E o menino voltou a ser o mesmo inútil e analfabeto de sempre. Até se esforçar e decidir realmente aprender a ler e escrever por conta própria.
Mas e o tal cientista sacana? Quem era ele? O que aconteceu com ele? De onde ele veio? Para onde ele foi? Ele era casado? O que ele estudava? Que numero de sapato ele calçava? Ele sabia dançar? A resposta para estas e mais outras perguntas você só vai ver nesta sexta, no Globo Repórter.
Ok, eu respondo uma das questões acima: Ele calçava 38. Brincadeira… O tal cientista era o próprio Joaquim vindo do futuro. Ele voltou apenas para acabar com a relação de dependência que o menino tinha com aquele misterioso papel. E para mostrar para ele mesmo que ele era capaz de aprender sozinho.
Moral da história: Nunca confie num sabe-tudo. Ele vai te dar a resposta, mas assim que puder ele vai te ferrar. E aí e você e você mesmo… Se vira bichão!!!
Gostou? Odiou? Então comente. Até a próxima história insana pessoal!!!

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